Em plena estação chuvosa, mas com índices
pluviométricos abaixo da media o Semiárido pernambucano, agora, enfrenta também
altas temperaturas. No município de Floresta, a 600 km do Recife, os
termômetros marcaram na segunda-feira (11) 41,1 graus, quando a temperatura
máxima nesta época do ano é, em média, de 33 graus. É a maior temperatura do
ano em todo o Estado.
“Trata-se de um aumento de sete a oito graus,
o que podemos considerar um índice alto”, diz Lindemberg Lucena, do Laboratório
de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). Ontem, o clima melhorou no município
sertanejo, com o registro de 39,9 graus, ainda apontado pelo meteorologista
como uma temperatura alta.
Um fenômeno conhecido entre os técnicos como
cavado, segundo Lindemberg, está intensificando o calor na região. Resultante
do movimento ascendente do ar, o cavado inibiu a formação de nuvens. O período
de chuvas no Sertão, lembra o meteorologista do Lamepe, vinculado ao Instituto
de Tecnologia de Pernambuco (Itep), vai de janeiro a março. O cavado, esclarece
o estudioso, tanto favorece quanto impede a formação de nuvens, dependendo do
posicionamento. Em Pernambuco, o fenômeno inibiu a formação de nebulosidade,
reforça Lindemberg. Nesse caso, a radiação solar atinge o solo com maior
intensidade, aquecendo a terra de forma mais rápida.
Até a última segunda-feira, a maior
temperatura registrada este ano em Pernambuco era de 39,5 graus, no município
de Ibimirim, distante 339 quilômetros do Recife. Em Floresta, a umidade
relativa do ar registrada segunda foi inferior a 20%, conforme o Itep.
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