O Itamaraty está auxiliando a família da babá Maria
Aparecida de Souza Lima, 48 anos, encontrada morta num hotel na cidade de Faro,
em Portugal, na emissão dos documentos para a liberação do corpo. No entanto, a
assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores disse que não tem
como liberar aporte financeiro para o traslado do corpo ao Brasil, principal
dificuldade apontada pela família, já que o transporte custa aproximadamente de
€ 4 mil (R$ 10,9 mil). A família mora em Petrolina, no Sertão do São Francisco.
“Estamos tentando vender um carro para pagar
o valor”, disse a sobrinha de Aparecida, Irene dos Santos. A grande preocupação
é o prazo. A babá foi encontrada morta no dia 4, mas a polícia portuguesa só
informou à família no dia 16. O corpo tem que ser trazido para o Brasil até o
dia 4 de fevereiro. “Eles dizem que só podem ficar no órgão equivalente ao
nosso IML por 30 dias, depois é enterrado como indigente”, acrescentou.
A falta de informações também preocupa a
família. “A polícia não nos dá informações, nos trata com muito desprezo quando
telefonamos”, disse Irene. Uma amiga de Aparecida em Portugal, Nykassia
Jordany, também tentou buscar informações. “Primeiro disseram que ela foi
encontrada com o corpo cheio de hematomas e sinais de enforcamento, depois
falaram para que foi suicídio. Por que não nos deixam ver o corpo?”,
questionou.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e
Direitos Humanos informou, através de nota, que a titular da pasta, Laura
Gomes, entrou em contato com a família de Aparecida e acionou o Centro de
Referência Especializado em Assistência Social de Petrolina para prestar
assistência.
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