quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Chuva Poderá Ser Fabricada em Pernambuco...

Na tentativa de amenizar os efeitos da pior seca dos últimos 40 anos, o Governo do Estado, por meio da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), está convocando empresas do País que desenvolvem trabalhos com semeação de nuvens. A ideia é realizar os estudos de viabilidade a partir dos portfólios detalhados entregues até o dia 15 de fevereiro, e só a partir daí lançar o edital para a contratação da empresa responsável pela produção de chuvas nas regiões mais castigadas do semiárido.
 
O processo de semeação de nuvens consiste basicamente no lançamento de sais, como o iodeto de prata, sobre as massas de vapor d’água. A substância age como um componente de atração da umidade, provocando a precipitação da chuva. No Brasil, os estados de São Paulo, Bahia e Ceará já utilizaram o sistema com o intuito de amenizar a estiagem em algumas regiões. Os projetos encaminhados à Apac serão submetidos à avaliação de uma banca de meteorologistas.
Estamos em um estágio inicial de uma ideia que pode ser uma boa opção para combater os efeitos da seca. Poderíamos chamar a empresa que já fez a experiência em outros estados do Brasil, mas queremos conhecer as propostas, pois se trata de algo novo e precisamos ter cautela até sabermos se realmente é algo viável para Pernambuco”, declarou o diretor de Regulação e Monitoramento da Apac, Sérgio Torres.
O que parece solução para o Governo, para o professor de Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e especialista na área de clima, Geber Barbosa, é perda de tempo e dinheiro. Segundo o pesquisador, a técnica de semeação de nuvens já foi utilizada em diversas partes do mundo, porém sem resultados positivos concretos. “É um processo complexo, que envolve muitos estudos. Um deles é o de direção e velocidade do vento, pode acontecer de a nuvem ser levada para outra região que não necessitasse tanto daquela chuva”, exemplificou. 

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