O Governo Federal vai destinar cerca de R$ 700 milhões para ajudar as famílias de agricultores e pecuaristas de Pernambuco que tiveram prejuízos na lavoura e criação de animais no interior do estado. O benefício faz parte do Plano Safra Semiárido 2013-2014, lançado nesta sexta-feira (2), às 9h, no Centro de Convenções, em Olinda. Ao todo, o país deve receber R$ 7 bilhões em recursos para incentivar as famílias do interior a investir na atividade que desenvolvem e minimizar as dificuldades nos períodos de seca.
Pernambuco é o sétimo estado contemplado com parte dos recursos do programa. A Defesa Civil de Pernambuco confirma que 128 municípios ainda estão em situação de emergência, mesmo sendo agosto um mês ventos fortes e chuva em algumas áreas do litoral, Zona da Mata e parte do Agreste pernambucano. No estado, a produção de leite caiu em 60% e 710 mil animais morreram, abatidos precocemente ou levados para outros estados.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o dinheiro será distribuído para que os agricultores possam guardar recursos para períodos de seca, um problema da natureza que não pode ser controlado. Para ele, o trabalho deve ser realizado em conjunto com a União, estado, município e, principalmente, agricultor. “O pessoal perdeu a cultura de produzir alimento no período chuvoso e reservar água, reservar alimentos para o rebanho. Temos que recuperar a ideia para fazer a travessia no período seco. Essas linhas de crédito são justamente para permitir que o agricultor faça esse processo e há tecnologias desenvolvdas para tanto”, disse, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta-feira.
O ministro explica também que, inicialmente, serão destinados R$ 7 bilhões, mas esse número pode aumentar de acordo com as necessidades encontradas. “Estimamos R$ 700 milhões para Pernambuco, mas se a presidente liberar mais recursos, nós destinamos mais”, disse. Ele cita que, no Plano Safra do último ano, foram utilizados R$ 19,2 bilhões em investimento, R$ 1,2 bilhão a mais que o previsto.
Pequenos produtores podem conseguir até R$ 150 mil de crédito. Para garantir o benefício, o pequeno, médio e grande produtor deve procurar o seu sindicato ou a agência bancária. Os juros são de 1% a 3% ao ano para operações de custeio e de 1% a 1,5% ao ano para contratos de investimento.
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