RECIFE - O radialista e humorista Rodrigo Vieira Emerenciano, vulgo Mução, foi transferido nesta sexta-feira de Fortaleza para o Recife, onde passou o dia prestando depoimento à Polícia Federal (PF). Mução foi preso nesta quinta-feira acusado de integrar uma rede virtual de pornografia infantil, durante a Operação DirtyNet (rede suja), deflagrada pela PF e que resultou em outras 31 prisões em nove estados brasileiros.
A imprensa não teve acesso ao depoimento de Mução, mas ele teria negado todas as acusações. Na tarde da quinta-feira, a família do radialista defendeu a inocência dele. Uma irmã de Mução, Renata Vieira, declarou à imprensa local que o material recolhido – entre eles computadores e vídeos - pertenceriam a um funcionário da BGM, empresa da família.
As provas foram recolhidas pela PF em uma residência no bairro da Imbiribeira, onde Mução morava antes de se transferir para a capital cearense. De acordo com a família, o imóvel teria sido alugado pelo radialista para acomodar funcionários da empresa vindos do Ceará.
Mução é bastante popular no Nordeste, onde mantém o programa "Pegadinha do Mução", que é transmitido para toda a região e alguns estados do sudeste.
O radialista é filho da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que ocupou o cargo no governo Lula e terminou se envolvendo em uma polêmica acusação, segundo a qual a então ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria lhe pedido para suspender investigação do Fisco contra a família Sarney.
O radialista tem 35 anos e comanda há 19 o programa. Ele era realizado em Recife, mas há três meses a produção passou a acontecer no Ceará.
De acordo com a PF, após o depoimento ele seria transferido para o Centro de Triagem Everardo Luna, situado na região metropolitana, de onde seguirá para o Presídio Aníbal Bruno. Embora a família alegue a inocência de Mução, para a PF as provas contra o radialista são muito contundentes.
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